segunda-feira, 22 de setembro de 2008

O Brasil hoje: educação

Ainda com base nos estudo da Pnad, do IBGE, vemos algumas pequenas transformações na educação brasileira.

Numericamente, tivemos uma diminuição de 0,5% na taxa de estudantes com mais de quatro anos de idade. Além disso, nos diz que 10% da nossa população (considerando os maiores de 15 anos) é analfabeta. Esse índice nos deixa atrás de Perú, Paraguai, Bolívia e, o super desenvolvido, Suriname.

A análise de um país geralmente é feita por bases simplesmente econômicas. O Brasil tem o famoso Investment Grade, nossa economia cresce, “não seremos afetados pela crise imobiliária americana”, somos colocados no mesmo patamar de China e Índia, temos petróleo para dar e vender (mais vender do que dar, claro), e muito mais coisas, mas o brasileiro não sabe ler.

Devemos rever esse conceito de “ensino continuado”, onde nas escolas públicas não se pode reprovar um aluno (exceto por falta), mesmo não sendo aprovado nas matérias. Um amigo meu – que por acaso estuda em uma escola pública – chama de “ensino avacalhado”. Não acredito que ele tenha exagerado, não.

Bom, considerando que o nosso presidente não tem diploma, difícil exigir alguma coisa mais rigorosa na educação brasileira. Embora quem tenha a fama de enfraquecer a educação seja o PSDB, e não o PT.

Tenho o privilégio de participar de um projeto social, todos os sábados, e uma das atividades é reforço escolar. Anteontem fui dar uma ajudinha de português pra “rapaziada”. Fiz um ditado. A frase era: ‘Ontem fez sol, hoje está chovendo e amanhã vai estar nublado’. 20 minutos de aula e ninguém acertou. Há garotos ali com mais de 13 anos. É uma realidade que sabemos que existe, mas dificilmente paramos para pensar.

Bom, pelo menos paramos um pouquinho agora.

@Thiago Vendramini

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Um balanço sobre o Brasil de hoje


Senhores, as eleições municipais estão chegando. Nada melhor do que fazer um balanço sobre a nossa atual situação.


Hoje sairam algumas resportagens sobre o nosso Brasilsão. Vamos analisá-las?


O PNAD (Pesquisa Nacional de Amostras Domiciliares), órgão do IBGE, divulgou hoje que o rendimento do trabalhador brasileiro cresceu pela terceira vez consecutiva, mas diz, ainda, que ainda não superamos as perdas dos últimos dez anos. Estamos ainda 5% abaixo do número conquistado em 1997.


"A Pnad apurou também o rendimento médio real de todas as fontes (das pessoas de 10 anos ou mais de idade com rendimentos, incluindo, além da renda do trabalho, aplicações financeiras, aposentadoria, renda de aluguel e outros), que chegou a R$ 941 em 2007, com aumento de 2,7% em relação ao ano anterior. No que diz respeito ao rendimento médio real domiciliar, a Pnad apurou o terceiro aumento anual consecutivo em 2007, quando chegou a R$ 1.796,00, com ganho de 1,5% ante o ano anterior.

A alta do rendimento contribuiu para que o país registrasse em 2007 mais um pequeno avanço no índice de Gini, parâmetro internacional para avaliar as condições de vida da população. O indicador passou de 0,540 em 2006 para 0,528 em 2007. Quanto mais próximo de zero, melhor é a condição de vida de um cidadão. Em 2004, o Gini era de 0,547 e em 2005, de 0,543. " (O Estado de São Paulo)


A conclusão dos jornalistas da matéria, Jacqueline Farid, da Agência Estado, e Rodrigo Viga Gaier, da Reuters, foi simples e objetiva. Permitam-me transcrever também:

"Apesar da melhora, a concentração de renda no país permaneceu bastante aguda no ano passado, segundo a pesquisa. Os avanços mencionados, apesar de persistentes, são de baixo impacto no que se refere aos rendimentos mais baixos e mais elevados."


Ok, estamos em ritmo lento, mas não há o último passo antes do penúltimo. Nem o penúltimo antes do antepenúltimo e, também, não há .........
A concentração de renda no Brasil é um tema para se planejar a longuíssimo prazo. Claro que devemos começar uma moderniação de outras regiões, mas o resultados consideráveis não virão em 2008 nem em 2018.
Tive o prazer de visitar Roraima (por acaso o Eduardo Kasparevicis estava comigo) há, não mais, de 2 anos, e digo à todos que esperam que em 10 anos as pessoas daquela cidade tenham a mesma renda das pessoas de São Paulo, Rio de Janeiro, BH ou Porto Alegre, que esperem sentadas. Infelizmente. O atraso é absurdo. E estou falando de uma capital, hein, e não de um vilarejo.
Há, ainda, aqueles que defendem a separação Sul-Norte. Alguns desses são os mesmo que colam em seus carros a famosa frase de GV: "Brasil, amo-o ou deixe-o". Bom, cada um com a sua coerência filosófica.
Deveríamos defender a integração, a igualdade e a divisão igualitária de recursos. Mas como já disse, é um planejamento a longuíssimo prazo. Porém urgente!


OBS: Não coloquei os números direto da fonte porque não está disponível no site do IBGE, somente na loja virtual (R$60,00). Para quem se interessar, eis aí o link da loja virtual: http://www.ibge.gov.br/lojavirtual/fichatecnica.php?codigoproduto=9052


No próximo post, tentaremos falar sobre o tema do analfabetismo no Brasil de hoje


Obrigado pela paciência!


@Thiago Vendramini


quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Uma crônica das Para-Olimpíadas: Fim



Para encerrar esse ciclo olímpico com orgulho e lágrima nos olhos, apenas as páginas do UOL e do Terra comentando nossas vitórias nas paraolimpíadas.
Isso sim é gratificante.
@Eduardo Kasparevicis

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Uma crônica das Para-Olimpíadas

É uma pena que essa parte das olimpíadas não seja tão festejada quanto a primeira. O esforço aqui é muito maior, e impressionante os limítes do homem. São muitos os fenômenos que batem records, tanto nos tempos quanto na garra, na honra e na vontade!
O portal Terra continua sua cobertura dos jogos, embora de forma mais tímida agora. Mas mesmo assim, já é um estímulo aos atletas! Sorte para o Brasil, e minhas maiores felicitações e admirações a todos os outros competidores!


Esse sim é o verdadeiro show da vida!
Vale lembrar que até agora o Brasil já conseguiu 2 medalhas de ouro na natação, e estamos no começo das coisas ainda... Já posso prever muito mais pela frente!
@Eduardo Kasparevicis