terça-feira, 11 de novembro de 2008

Fenômeno Global

Tem sido difícil para mim escrever no blog. Além do tempo, também estou com um déficit criativo. E também o fator "temas". Os sites de notícias quase só falam da crise mundial, e que me sinto muito distante desse universo para poder prosear a respeito (sou de humanas). Estava então a ponto de falar da previsão do tempo, mas aí me toquei de que havia um tema ainda não abordado: Barack Obama.

Eleito novo presidente dos Estados Unidos, Obama foi não só o homem da popularidade lá, mas também pelo resto do globo. O número de imagens dele no oriente, na europa, em capas de revistas, camisetas de não americanos, bonés, etc. é algo interessante enquanto fenômeno social. Se tem proclamado em alguns lugares que essa crise seria o fim da hegemonia americana no mundo, mas ao que parece, essa "hegemonia" está muito além da economia. Mas será esse o único motivo desse "SuperObama"? Vejamos...

A era da informação está a todo vapor, com cada vez mais recursos para a posse de informações instantânea do globo inteiro. Há também o novo meio comunicacional da blogosfera (termo bastante controverso...), onde você não mais precisa ser especialista no assunto para discorrer sobre ele (e atualmente, os japoneses mostraram que nem gente precisa ser). Através desses novos paradigmas midiáticos, o alcance da imagem de Obama foi próximo à "onipresença"! Todos que tinham pelo menos acesso à televisão conheciam esse nome e essa figura. E como se formou essa opinião sobre sua personalidade? Como Obama foi chegar ao posto de salvador do mundo? Eu aponto um dos motivos de forma bastante segura e sem medo de ofender alguém no seguinte: Obama é afro-americano.

E tenho certeza que o leitor concorda. Ele representa a minoria, representa os excluídos, e representa a mudança (inclusive usada como slogan para sua campanha). E essa força chegou a tal ponto que quando ganhou, pessoas que votaram em McCain ficaram com vergonha de o dizer, pois este ficou com a cara da burocracia estagnada e elitista do governo anterior. 

Tudo isso chama a atenção também para a questão do racismo nos Estados Unidos e no mundo, que poderia ser entendido não só como racismo, mas toda forma de discriminação, tema também usado por Obama de forma "discreta" no seu discurso da vitória. Sobre isso, seguem alguns links sobre: Neonazistas que queriam a cabeça do presidente, A inexistência do Obama Britânico, Diversidade que elegeu obama, e tendência à "tolerância racial" (essa expressão usada pelo jornal é horrível... Tolerar está no limite do expressar desgosto, o que de fato possui conotações também racistas). E mais um link bastante interessante sobre um dos piores problemas que Obama terá que enfrentar como presidente... 

Peço desculpa pela superficialidade do post. Há diversos outros fatores que influenciaram na formação da imagem do presidente, como as diferenças entre democratas e republicanos, sua origem, suas propostas, as mídias, o seu concorrente, etc., mas que, além de eu sei incapaz de tratar delas de forma satisfatória, comeriam demasiado tempo do nosso ocupado leitor.

@Eduardo Kasparevicis

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