Bom dia!
Talvez a notícia nem tenha chegado ao senhor. Pois ela é uma notícia que não interessa à todos, infelizmente.
Dia 21 de novembro aconteceu um incêndio na favela Alba, perto do Aeroporto de Congonhas, aqui em São Paulo. 800 pessoas ficaram desabrigadas e havia comentários da morte de uma menina de 1 ano apenas.
Eu estive alí no sábado, dia seguinte. Participo de um projeto de alfabetização, esporte e lazer pra criançada de lá. O lugar onde utilizamos para realizar as atividades também estava servindo de base para os desabrigados. Havia alí pessoas do governo alocando o pessoal e organizando as doações que chegavam.
Estava dando minha aula pra rapazeada quando dois jovens, um homem e uma menina, me pediram informações sobre onde estavam sendo recebidas as doações. Fiz questão de acompanhá-los. No breve caminho fui puxando um papo com eles. Eles eram de Higienópolis e estavam ali para saber quantas fraldas, alimentos e outras coisas básicas o desabrigados estavam precisando. Eles iam doar o necessário. Aquilo me chamou a atenção. Queria perguntar o porquê daquilo! O que faz dois jovens num sábado, sair de Higienópolis e ir até uma favela para ver se precisavam de doação? Sem contar que logo depois caiu uma chuva nervosa. Infelizmente o caminho era breve demais e o papo não teve continuidade.
Depois de tudo terminado, no caminho de volta para minha casa, voltei a pensar nisso. E convido o senhor a pensar também.
As pessoas sentem a necessidade de fazer o bem. Pelo menos cheguei nessa conclusão. E não digo 'necessidade' pelo objetivo de manter uma imagem, status, não. Alguns colocam esse desejo em prática, outros não. Não sei como essa notícia chegou a esses jovens - e nem perguntei os nomes deles! -, porque na TV não apareceu, não! As vezes as coisas chegam até nós nos dando a oportunidade da fazer o bem. E somos livres. Podemos fingir que não vemos, ou reagir.
Esses dois reagiram. Sorte dos desabrigados. E minha! Que pude ver.
Acho interessante quando famosos fazem doações em alta escala quando acontece catástrofes mundias. Lembro que o Shumacher fez uma tremenda doação para a reconstrução dos locais atingidos pelo tsunami. Quinta-feira mesmo Guga e o Massa fizeram doações em prol dos recentes acontecimentos em Santa Catarina.
Mas não sei. Penso que é mais simples, natural e eficiênte ajudarmos quem está ao nosso redor. "Amar os pobres lá da África é fácil. O cheiro deles não chega até você.", diria um amigo meu. E faz sentido. Há tantas coisas que fazer no nosso bairro mesmo, não é?
Pra finalizar, uma historinha bem curta:
Um dia uma repórter americana quis passar um dia inteiro com Madre Teresa - não se faz necessário apresentação - para ver como era o dia-a-dia dessa mulher.
No final do dia, essa reporter surpreendiado com o cotidiano da madre, diz:
-Madre, não faria isso que a senhora faz nem por U$1 milhão!
-Filha (um sorriso terno no rosto), por U$1 milhão?? Nem eu filha, nem eu!
Um forte abraço! E um ótimo sábado! Tá um dia bonito!
@Thiago Vendramini
sábado, 29 de novembro de 2008
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3 comentários:
Realmente. Muitas vezes olhamos apenas o que queremos, mas acredito que o ser humano pode, nao só enxergar com os olhos, mas também olhar com o coração, não é mesmo?
Ótima semana pra voce. Está uma maravilhosa noite chuvosa...
Ass:
Tamires Marimón (é isso mesmo)
Acho que voce nao deveria se referir às pessoas como "senhor", afinal, eu sou uma senhorita....rs
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