Em reportagem na Folha Online, lê-se que R$601 milhões foram aplicados em multas aos responsáveis por focos de desmatamento, pequenos ou grandes, na região amazônica. Esse valor corresponde a 41% do total de multas emitidas pelo Ibama. Sente-se um pequeno "alívio" com esses números, não? "Nossa! Parece que estão cuidando bem da nossa floresta!". Sabemos que o governo é bastante bom aplicando multas... Como exemplo, uma multa para o proprietário de comércio na cidade de São Paulo que não se adequou ao projeto Cidade Limpa chega a R$10.000 reais. Mas a multa resolve o problema? Um fazendeiro multado por queimadas aprenderia a lição, se sentiria arrependido, e pararia de queimar floresta para aumentar sua área de uso?
Outra reportagem do Estado nos elucida um pouco a esse respeito. "Áreas de desmatamento têm maior índice de homicídios" é o título. Logicamente, ambos assuntos não se encontram de todo distantes. Onde há mais desmatamento, há menos fiscalização, e onde há menos fiscalização, há menos mãos do governo. Onde há menos mãos do governo, há mais "Valentões Donos da Rua" atuando. E a chance de esses "valentões" estarem ligados intimamente com a origem das queimadas é, digamos, grande. Havendo mais valentões, menos governo, existem menos multas aplicadas, e menos multas cobrada. Se multas acabam aplicadas ou cobradas, ou denuncias feitas, bom... cabeças rolam!
Bom... Nessa semana, com os dois estudos que já sairam a respeito de desmatamento e violência, temos um mapa bastante grande das áreas onde se deve atuar com maior urgência, contendo avanço de ambos problemas: da plantinha que vira carvão, e do valentão que queima plantinha.
@ Eduardo Kasparevicis
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário